Mirante Laje de Pedra abre ao público com arte, cultura e gastronomia em Canela
10 de nov . 2021 Luis Henrique CunhaProjeto sob a bandeira de uma das maiores redes hoteleiras do mundo, o Kempinski Laje de Pedra inaugura novo espaço em homenagem ao legado do hotel icônico na Serra gaúcha; uma das atrações é o Anfiteatro com capacidade para 300 pessoas e estrutura completa para espetáculos musicais e teatrais inédita no Brasil.
Um novo capítulo da revitalização do hotel Laje de Pedra em Canela é escrito com a inauguração do Mirante Laje de Pedra - um espaço dedicado à arte, cultura e gastronomia, que homenageia o legado do Hotel Laje de Pedra e que mira o que ainda está por vir com o novo Kempinski Laje de Pedra. A partir de 12 de novembro, o local abre suas portas ao público em geral com Bar do Laje, apresentações artísticas e exposições fotográficas onde será possível conhecer a história e o legado do Laje de Pedra, vivenciá-lo no presente e mirar seu futuro.
Parte do espaço, o Anfiteatro Laje de Pedra é lançado com estrutura de 600 metros quadrados inédita no Brasil preparada para receber até 300 pessoas ao ar livre. Seu objetivo é receber espetáculos musicais e teatrais e passar a integrar o circuito cultural do Rio Grande do Sul tornando-se um pólo de eventos da região.
O local receberá os concertos da recém-criada Orquestra Filarmônica Laje de Pedra, com mais de 30 integrantes sob a direção geral de Allan John Lino. A iniciativa é uma realização do Instituto Cultural Laje de Pedra de fomento à arte e à cultura, preservação da memória e enaltecimento do legado do Laje de Pedra e da cidade de Canela. "Sua consolidação é mais uma maneira de estreitar os laços com a comunidade e impactar positivamente a sociedade", diz José Ernesto Marino Neto, um dos sócios da LDP Canela S/A, proprietária do hotel.
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A instalação artística Casulo de Heloisa Crocco, uma das interferências de arte contemporânea mais relevantes do Estado atualmente, dá as boas-vindas a quem chega ao Mirante Laje de Pedra. O “envelopamento” é feito em madeira e envolve completamente o hotel até a finalização das obras de retrofit em 2024. Após, será ressignificado e incorporado à decoração do Kempinski Laje de Pedra. A obra em Canela segue uma tendência mundial de realização desse tipo de intervenção em espaços em processo de remodelagem e revitalização.
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Internamente, o restaurante 1835, operado pelo grupo 20BARRA9 em parceria com o TORO Gramado, traz uma proposta totalmente inovadora de churrasco, que promete transformar a maneira como a carne é experimentada no Sul do Brasil e no mundo. O cliente poderá escolher na vitrine das carnes o corte ou a peça que será preparada na sua mesa em volta de sua parrilla por ele mesmo ou com a ajuda dos assadores da casa.
São seis ambientes distintos em uma área de 1.300 m² com capacidade para receber mais de 230 pessoas totalmente dedicados à apreciação do bom churrasco gaúcho. Na decoração, uma mistura de muito bom gosto entre peças garimpadas em todo o Rio Grande do Sul com peças de designers contemporâneos, a maior parte deles da região da Serra, trazem aconchego com requinte. O projeto de interiores é do arquiteto Francisco Pinto. O restaurante inicia a operação em dezembro.
O Bar do Laje apresenta uma proposta de atendimento inédita na Serra Gaúcha e carta de drinks com curadoria de Jean Ponce, eleito Bartender do Ano em 2020 pela Revista Veja Comer & Beber. Ponce é considerado um dos profissionais que mais respeita e valoriza o nosso nobre destilado, a cachaça, fazendo também um trabalho de pesquisa de madeiras e ingredientes brasileiros para as misturas em seus drinques. O especialista assina a carta drinks do 20BARRA9 e atua atrás dos balcões em seu bar Guarita, em São Paulo, ao lado de Greigor Caisley. O local deve se tornar o destino ideal para quem deseja degustar drinks diferenciados em um ambiente descontraído.
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A Galeria do Laje completa a experiência ao criar um espaço único e exclusivo de fomento da arte e da cultura, preservação da memória e enaltecimento do legado Laje de Pedra e de Canela. Sua abertura em 2021 é marcada pela instalação de duas exposições.
A primeira delas, Alma Imortal, conta com obras de 18 dos principais nomes da fotografia nacional dirigidos por Fernando Bueno. A segunda, Terra Casta, conta com imagens da região capturadas por João Farkas e Claudio Edinger e tem abertura prevista para 27 de novembro.
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Na área externa, um deck com poltronas e espreguiçadeiras e vista para um dos cenários mais exuberantes da região - o Vale do Quilombo - convida os visitantes para um momento de descanso e contemplação da natureza.
O Mirante Laje de Pedra abre ao público em geral a partir desta sexta-feira - 12 de novembro. O local funciona de segunda a sexta-feira (exceto na terça-feira), das 16h às 00h, e aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 00h.
Anfiteatro Laje de Pedra tem inspiração em projetos internacionais icônicos
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A pedra que dá nome ao hotel é levada a outro patamar em um anfiteatro com características únicas no Brasil. Com uma arquibancada em meia lua e o palco ao centro, o Anfiteatro Laje de Pedra lembra os antigos espaços projetados pela civilização romana apenas pela disposição em formato de arena. Com técnicas modernas, mantendo a topografia local e seguindo a tendência de incorporação da natureza às construções e de valorização da flora gaúcha, o espaço é o primeiro com suas características no Brasil.
Inspirado no Red Rock Amphitheatre em Denver, no Colorado (EUA), o local também busca tirar proveito do que há de mais bonito no entorno. Criado pelo paisagista Sérgio Santana, diretor do escritório Sergio Santana Planejamento e Desenho da Paisagem, o projeto seguiu a premissa de interferir o mínimo possível no terreno, valorizar as plantas nativas e tirar proveito da vista deslumbrante junto ao Vale do Quilombo. O resultado é uma escultura a céu aberto com grandes proporções que, quando ocupada, se torna um teatro ao ar livre.
"O intuito foi fazer um desenho orgânico, como se o anfiteatro estivesse saindo da paisagem e fosse uma simples consequência das coisas bonitas que já existem por lá", diz Santana. Para ele, a construção em basalto nada seria sem o Bosque de Araucárias ao lado, sem os Guapuruvus, Butiás e as inúmeras espécies de gramíneas características da vegetação gaúcha que foram incorporadas ao projeto.
A escolha da localização não foi por acaso. Santana conta que a região tem um magnetismo muito grande.