Cuidado com o meio ambiente é prioridade para a 32ª Oktoberfest de Igrejinha
22 de out . 2019 Bianca CarneiroO cuidado com o descarte correto dos resíduos gerados durante o evento e a preservação da vegetação nativa do parque são prioridades para a 32ª Oktoberfest de Igrejinha. A Comissão de Patrimônio e Meio Ambiente está à frente dessas questões e é a responsável por diversas medidas adotadas antes e durante a festa para minimizar o impacto e tornar o evento referência em reciclagem e cuidados com a natureza.
O trabalho começa na cozinha. Todos os estandes de comida que utilizam o método de fritura recebem recipientes para o armazenamento do óleo utilizado. O descarte é encaminhado para a Empresa Ecológica Reciclagem de Óleos e Gorduras Residuais e serve como matéria prima para a produção de massa de vidraceiro, sabão, tintas, entre outros produtos.
Vidros, plásticos e latas também são separados e encaminhados para empresas de reciclagem. Os copos descartáveis, consumidos em grande quantidade, recebem atenção especial. Em toda área do parque é possível encontrar estruturas feitas com cano de PVC, os Porta Copos, nos quais o público deposita os copos usados a fim de facilitar a separação. Além disso, as estratégias para recolhimento dos recipientes também conta com a parceria do chopp Schin. No Jogo da Roleta, a cada cinco copos entregues, o visitante tem a chance de tentar a sorte e ganhar muitos brindes.
Além disso, os copos depositados nas lixeiras também, assim como todo o lixo, são separados posteriormente por uma equipe. A coordenadora da comissão de Meio Ambiente da festa, Jaqueline Ramos, salienta que todas as empresas que recebem o material reciclável são certificadas e regularizadas pelos órgãos ambientais.
Grande parte das lixeiras espalhadas pelo parque são produzidas com madeira ecológica, um tipo de material com a aparência de madeira, mas produzido de plástico reciclado, como tampinhas, sacolas, garrafas, tubos de pasta de dente e muitos outros.
O tratamento de esgoto é outra preocupação da festa. Não só os resíduos dos banheiros químicos são enviados para Estações de Tratamento de Esgotos – ETE, mas também os efluentes recolhidos das fossas, que são limpas antes do início da festa e seis vezes durante a realização do evento. “As fossas são dimensionadas para um determinado número de pessoas, mas a população do parque aumenta muito, então não queremos correr riscos porque o parque está às margens do Rio Paranhana e se houver transbordamento o esgoto pode contaminar o rio e a mata ciliar, que é a vegetação da margem”, explica Jaqueline. “Este ano, inclusive, fizemos o reflorestamento da mata ciliar. Orientados por uma bióloga, identificamos as espécies adequadas à área e fizemos o plantio”, continua Jaqueline. Também, ao longo do parque, placas educativas orientam o público sobre o cuidado com a vegetação e o descarte correto do lixo.